Embriologia 1 e 2

                                   Embriologia 1 e 2

Anexos Embrionários: Os Anexos Embrionários (alantoide, âmnio, cório e vesícula vitelina) são estruturas que se formam a partir dos folhetos embrionários ectoderma, endoderma e mesoderma. Eles surgem durante a gestação, mas não fazem parte do embrião. Por esse motivo também são chamados de estruturas extra embrionárias e desaparecem com o nascimento. Têm a função de auxiliar o desenvolvimento do embrião. Isso é feito mediante a cedência de nutrientes, da proteção e da troca entre o embrião e o meio externo através do corpo materno (respiração e excreção).


Vesícula Vitelina: A vesícula vitelina, também conhecida como saco vitelínico ou saco vitelino é o primeiro anexo que é formado. Apresenta aspecto de uma bolsa e surge da endoderma. Além da endoderma, a mesoderma também participa da sua formação, uma vez que a mesoderma reveste a endoderma. Pelo fato de surgir da endoderma, que é o folheto embrionário que forma alguns órgãos do sistema digestório, a vesícula vitelina está ligada ao intestino do embrião.

Dentro dela está o vitelo, que são os nutrientes que alimentam o embrião. A função da vesícula vitelina é, portanto, nutrir o embrião. Esse anexo embrionário é muito importante na nutrição das aves, dos peixes e dos répteis. Nos mamíferos, sua função é reduzida, pelo fato de que nesses casos é a placenta que assume esse papel.

Alantoide: O alantoide é uma bolsa que surge da endoderma. Logo, seu exterior é revestido de mesoderma e, tal como a vesícula vitelina, está ligado ao intestino do embrião. A função do alantoide é armazenar as excretas. As excretas surgem das sobras das substâncias produzidas durante o metabolismo do embrião.

Âmnio: O âmnio tem o aspecto de uma bolsa e envolve todo o embrião. Surge da ectoderma e da mesoderma. A principal função do âmnio é garantir a hidratação e a proteção do embrião. Além de hidratar, ele absorve o impacto de choques mecânicos e resguarda o embrião para que ele não sofra deformações por aquilo que a Medicina chama de aderência.

Cório: Cório, córion ou serosa é o anexo embrionário que se localiza na parte mais exterior do embrião. É uma membrana que envolve todos os anexos embrionários e que surge da ectoderma e da mesoderma. Nas aves, pode ser vista numa espécie de pele presente nos ovos. A função do cório é promover as trocas gasosas, ou seja, garantir a respiração do embrião. Além disso, ele protege o embrião e, no caso dos mamíferos, forma a placenta.



                            Placenta

A placenta é um órgão presente na classe de mamíferos vivíparos (placentários), cuja função é realizar o intercâmbio de substâncias (nutrientes, gases e secreções), entre a circulação materna e a circulação do feto, atuando temporariamente como: pulmão, intestino, rim, fígado e adrenal. Esse anexo embrionário tem aspecto esponjoso, formado por partes fetais e maternas, estabelecida primariamente pelo contato da membrana da célula ovo ou zigoto com a mucosa uterina, e posteriormente por tecidos derivados do córion.



Principais substâncias e agentes patogênicos que atravessam a placenta:

- Gás carbônico e oxigênio
- Carboidratos
- Anticorpos
- Excretas nitrogenadas
- Alguns vírus (rubéola, hepatite B, HIV)
- Algumas bactérias (Treponema pallidum, causa Sífilis)
- Alguns protozoários (Trypanosoma cruzi, doença de Chagas)
- Toxinas (nicotina, álcool e drogas em geral)

A placenta também realiza importante atividade endócrina, colaborando diretamente com o metabolismo gestacional, produzindo os seguintes hormônios: progesterona, estrógeno, gonadotrofina coriônica, hormônio lactogênio e prostaglandinas (manutenção da gravidez e indução do parto). Durante o desenvolvimento embrionário, não há penetração de vasos sangüíneos comunicantes da mãe em direção ao feto, e muito menos do feto em direção à mãe. As trocas de substâncias são mediadas pelo cordão umbilical, constituídos por duas artérias e uma veia.

- As artérias conduzem sangue com baixa concentração em oxigênio, do embrião para a placenta;
- A veia conduz sangue com alta concentração em oxigênio, da placenta para o embrião.


                    Marsupiais


Os marsupiais são animais mamíferos que possuem com característica principal o marsúpio. O marsúpio é uma bolsa de pele, localizada na região abdominal das fêmeas, onde os filhotes completam o seu desenvolvimento. Porém, nem todas as espécies de marsupiais possuem marsúpios bem desenvolvidos. Nesses casos, os filhotes ficam agarrados aos mamilos das mães. Essa condição difere os animais marsupiais dos placentários, cujo desenvolvimento embrionário ocorre totalmente no interior do útero.



Características dos Marsupiais:

  • As fêmeas possuem vagina e útero duplos;
  • Pênis bifurcado nos machos;
  • Reduzido período gestacional, em até 40 dias;
  • Podem ser arbóreos, terrestres e até semi-aquáticas.
  • Quanto aos hábitos alimentares, existem espécies de herbívoros, carnívoros, insetívoros, onívoros e nectarívoros.

Exemplos de Marsupiais

Os principais representantes desse grupo são os cangurus existentes na Austrália e os gambás da América do Sul. O diabo da Tasmânia também um exemplo de animal marsupial. Os marsupiais brasileiros mais comuns são os gambás e as cuícas.




Existem cerca de 335 espécies no continente americano e na Austrália. A ordem Didelphimorphia engloba a maior parte dos marsupiais do continente americano.











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